Rússia acusa EUA de ataque cibernético contra milhares de aparelhos da Apple
A Karpersky afirmou que seus pesquisadores teriam encontrado um "malware" - um software utilizado para fins maliciosos
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou os Estados Unidos de estarem envolvidos em um ataque cibernético contra milhares de dispositivos da Apple, enquanto a empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab afirmou ter descoberto programas de espionagem nos iPhones utilizados por seus funcionários.
O FBS afirmou nesta quinta-feira (02) que a Agência de Segurança Nacional dos EUA "coopera estreitamente" com a Apple e que milhares de aparelhos da marca foram "infectados" de maneira que os números de telefones das pessoas que trabalham nas embaixadas russas do exterior foram vazados.
Por sua parte, a Karpersky afirmou que seus pesquisadores teriam encontrado um 'malware' - um software utilizado para fins maliciosos -, até então desconhecidos, nos dispositivos da Apple. Segundo a companhia, dezenas de seus funcionários foram atingidos.
O fundador desta empresa russa de softwares de segurança, Eugene Kaspersky, apontou que os dispositivos receberam uma mensagem "invisível" com um 'malware' anexado que baixava o programa de espionagem.
O programa espião teria transmitido "silenciosamente" informações privadas aos servidores, incluindo gravações de microfone, fotos de mensagens instantâneas, geolocalização e outros dados.
"Temos certeza de que a Kaspersky não foi o alvo principal desse ataque cibernético", disse o fundador em um blog.
Segundo a empresa, os vestígios mais antigos da infecção são de 2019 e "o ataque está em andamento".
Os reguladores dos EUA declararam Kaspersky uma "ameaça à segurança nacional" em março de 2022, depois que Moscou enviou tropas para a Ucrânia.
Fundada em 1997, a Kaspersky foi acusada de estar próxima dos serviços de inteligência russos. A multinacional tem 400 milhões de clientes em todo o mundo.