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Senador do PL comunicou saída do partido um dia antes da votação de reestruturação ministerial

Candidato de Jair Bolsonaro ao governo do Pará no ano passado, Zequinha Marinho se filiou ao Podemos

Zequinha Marinho fez campanha ao lado de Jair Bolsonaro - Reprodução

Único senador do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a votar junto com Lula (PT) pela reestruturação ministerial do governo, Zequinha Marinho havia comunicado a saída da sigla no dia anterior. No entanto, na última quinta-feira (1°), o paraense votou a favor da Medida Provisória ainda como integrante do Partido Liberal no sistema do Senado Federal.

O voto causou revolta dentro do PL que colocou Zequinha Marinho, inclusive, entre os traidores que seriam punidos pela sigla. Como noticiou a coluna do Lauro Jardim, nove deputados terão os direitos partidários suspensos por três meses na Câmara por terem desrespeitado a decisão do partido de votar contrários à medida provisória.

Os deputados Detinha (MA), Josimar Maranhãozinho (MA), João Bacelar (BA), Junior Mano (CE), Junior Lourenço (MA), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA) e Yuri Paredão (CE) apertaram o sim para ajudar Lula a manter as 37 pastas. Vinícius Gurgel se absteve.

De acordo com fontes próximas à cúpula nacional do PL, Zequinha Marinho não aceitou as regras de votação do partido e pediu para sair. Na quarta-feira passada, ele comunicou em seu Twitter: "Ainda pouco, oficializei a minha filiação ao partido Podemos. Fui recebido pela presidente da legenda, deputada federal Renata Abreu (SP). Daremos andamento à criação da Frente da Direita Paraense, no trabalho de pautas cristãs, de direita e conservadora", escreveu.

A crise com o PL foi tornada pública no último dia 19 quando Marinho renunciou o cargo de presidente do diretório estadual do partido no Pará, onde também enfrentava conflitos. "Que esse meu gesto seja reconhecido como uma demonstração de lealdade aos eleitores da Direita paraense e que estejamos mais competitivos e fortes em 2024", disse em nota.

Eleito em 2018 pelo PSC com a bandeira de Bolsonaro, o senador migrou para o PL junto com o ex-presidente, em 2021. No ano passado, foi o segundo colocado na disputa ao governo do Pará no palanque do ex-mandatário. Ele obteve 27,18% dos votos.