AIEA reclama de 'lentidão' na instalação de câmeras em usinas nucleares do Irã
Câmeras foram desativadas em junho de 2022, em um contexto de deterioração das relações com as potências ocidentais
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, reclamou nesta segunda-feira (05) que a cooperação com o Irã está muito "lenta" e pediu ao país para acelerar a instalação das câmeras em usinas nucleares.
Após visitar a capital, Grossi havia parabenizado a promessa de Teerã em religar os dispositivos de vigilância. As câmeras foram desativadas em junho de 2022, em um contexto de deterioração das relações com as potências ocidentais.
Três meses depois, o diretor argentino da AIEA avaliou que "os avanços (são) bem menores que o esperado", em uma declaração feita no início do Conselho de Governadores, em Viena - sede desta agência da ONU.
Depois de uma coletiva de imprensa, ele afirmou estar "indo muito devagar".
"A realidade é que nós instalamos câmeras, sistemas de vigilância em vários lugares, mas muito mais deve ser feito", insistiu.
Mesmo que todas as câmeras sejam ativadas, o Irã terá que fornecer muitas informações para preencher a lacuna e "juntar" todas as peças do quebra-cabeça, afirmou Grossi.
As negociações para reativar o acordo sobre o programa nuclear entre o Irã e outras potências ocidentais estão paralisadas desde o verão de 2022 - e sem qualquer sinal de serem retomadas, embora Teerã afirme publicamente seu desejo.