BRASIL

Fotógrafo viraliza com registro do Cristo Redentor "abraçando" Lua cheia no Rio de Janeiro

Foto foi feita da Praia de Icaraí, em Niterói, às 6h28 da manhã deste domingo

Viral. Foto da lua cheia se pondo foi tirada de Niterói, na Região Metropolitana do Rio - Divulgação/Leonardo Sens

Com o céu mais limpo desde a última sexta-feira, não foi difícil observar a Lua exuberante no céu, ainda crescente, até chegar à fase cheia à meia-noite e 41 minutos de domingo.

Nas redes sociais, a aparição majestosa foi registrada em stories e publicações de vários pontos do Rio, mas a que ganhou a atenção geral foi a sequência de cliques de Leonardo Sens, fotógrafo de Niterói, no pôr da lua, da Praia de Icaraí, na Zona Sul da cidade. Em um dos ângulos que ele escolheu, a impressão é que o Cristo Redentor "carrega" a Lua nos braços.

Eram 5h30 da manhã de domingo quando o fotógrafo chegou na praia, na altura da Rua Lopes Trovão. Um dia antes, no sábado, ele foi até o local no mesmo horário, mas ainda não tinha a condição ideal. Depois de posicionar o tripé, garantir a estabilidade da câmera e de muitas tentativas, às 6h28, ele conseguiu capturar o momento que persegue desde 2021.

— Eu sempre quis fazer uma foto mais aproximada da Lua. Tem uns dois anos que comprei a teleobjetiva 150-600mm, e comecei a me aventurar nos cliques mais de perto. Em 2021, eu tentei fazer essa foto, mas o tempo estava nublado e com névoa. Não consegui enquadrar. Em 2022, ficou nublado e choveu. Esse ano, na terceira tentativa, deu certo. Estava lindo. Era o sol nascendo de um lado e a Lua se pondo de outro — conta Leonardo.

O clique viralizou nas redes e, em menos de 24 horas, ele ganhou mais 10 mil seguidores no Instagram, além de receber pedidos de orçamento para trabalhos com fotografia e convites para uma exposição.

O truque para a foto perfeita foi garantir a estabilidade do tripé posicionando-o o mais baixo que pôde. Em cada um dos ângulos escolhidos, o fotógrafo brinca com a perspectiva: mesmo a mais de 384 mil quilômetros de distância da Terra, a impressão é que a Lua está mais perto.
 

Apesar do registro surpreendente, não houve nenhum fenômeno astronômico diferente na Lua. Segundo a física Josina Nascimento, do Observatório Nacional, o clima mais seco do outono e especialmente agora mais perto do inverno - que começa no dia 21 -, a tendência de céu azul mais limpo ajuda na visualização do satélite. O que causa uma impressão de estar mais perto é um fenômeno cotidiano chamado ilusão de ótica.

— Sempre que você olhar para a Lua próxima do horizonte, seja no nascer ou no pôr da Lua, ela estará maior por conta do fenômeno da ilusão de ótica — explica a física.

A Lua cheia fica até o próximo sábado às 16h30, quando começa a dar vez à fase minguante. Nesta segunda-feira, ainda era possível vê-la por de trás das paisagens do Rio.

Nos dias 1º e 30 de agosto, aí, sim, pode colocar na agenda: a Lua vai estar maior e mais brilhante por conta do fenômeno da superlua, quando ela estará mais próxima do planeta. Se o céu estiver limpo, vai ser possível observar a olho nu do Brasil todo.