Energia sustenta o crescimento da Rússia em 2023
A Rússia conseguiu se esquivar do impacto das sanções e a perda de receita
O Banco Mundial (BM) melhorou consideravelmente sua previsão de crescimento para a economia russa este ano. Isso se deve a uma receita maior do que a esperada de suas exportações de energia a países como Índia e China.
A economia russa deve contrair ligeiramente em 2023, indicou a instituição em seu relatório semestral sobre a economia mundial publicado nesta terça-feira(6), no qual a Rússia apresentou uma grande mudança em relação a uma previsão anterior de contração.
A União Europeia, Estados Unidos e outros países passaram a aplicar severas sanções econômicas à Rússia após sua invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, as quais provocaram significativos cortes das exportações russas de petróleo e gás a esses destinos.
Mas os volumes exportados de petróleo russo "não mudaram". A Rússia conseguiu se esquivar do impacto das sanções e a perda de receita aumentando suas exportações a outros países, entre eles, Índia e China, afirmou o BM.
O organismo espera que a economia russa contraia apenas 0,2% este ano, segundo o prognóstico atualizado. Trata-se de uma revisão para cima de 3,1 pontos percentuais em relação à estimativa de janeiro.
Em seu relatório, o BM também revisou para cima sua previsão para a economia mundial, que espera um crescimento de 2,1% este ano.
Esta melhora se deve a "aumentos substanciais das projeções para China e, em menor medida, para a Rússia", explicou a instituição com sede em Washington.
No caso da China, a previsão de aumento do PIB passou de 4,3% a 5,6% este ano.
Os Estados Unidos devem evitar uma recessão este ano e crescer 1,1% (+0,6 pontos porcentuais acima dos dados de janeiro). A zona do euro deve crescer 0,4%; em janeiro o banco esperava que não haveria crescimento.