Após almoçar com evangélicos, Zanin participa de jantar com senadores e ministros do STF
Indicado por Lula a vaga no Supremo, o advogado participou de um jantar oferecido pela ex-senadora Kátia Abreu (PP-TO)
Em périplo por Brasília para ter seu nome aprovado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin participou de uma jantar na noite desta terça-feira promovido pela ex-senadora Katia Abreu (PP-TO).
O encontro reuniu autoridades de todos os poderes, incluindo de senadores da base aliada, ministros do presidente Lula, do próprio STF e de outros tribunais. Mais cedo, no mesmo dia, Zanin já havia almoçado com a bancada evangélica do Congresso.
Segundo pessoas presentes, o jantar promovido por Katia Abreu, que foi ministra da Agricultura no governo Dilma Rousseff, foi considerado uma sinalização de apoio ao nome de Zanin. O advogado foi indicado à vaga na Corte aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, mas ainda precisa de aval do Senado para ter a nomeação confirmada.
Estavam presentes o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), Weverton (PDT-MA), além dos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do Supremo. Também participaram o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campbel; e do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.
No almoço de terça-feira, Zanin havia se encontrado com parlamentares da bancada evangélica, que tiveram papel importante na aprovação do ministro André Mendonça, o último a compor à Corte.
— Foi um almoço de primeiro diálogo. Ele quer se apresentar aos parlamentares evangélicos—disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A indicação do advogado deve ser votada pelo plenário do Senado até o dia 21 de junho, segundo o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues.
—A ideia é até o dia 21 de junho, nós votarmos (o nome de Zanin). Dentro desse limite de data para votar aí se pressupõe um roteiro— disse Randolfe na terça-feira.
Segundo ele, a ideia é a data prevista da votação no plenário, ou seja, a última fase do processo que conta ainda com uma sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Alcolumbre se reuniu com Lula na semana passada e os dois conversaram sobre a indicação. O governo quer que a aprovação de Zanin seja aprovada pelo Senado antes do início do recesso do Judiciário marcado para 1º de julho.
Como o Globo mostrou, Zanin disse a aliados que vai procurar o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) nos próximos dias para uma conversa, mesmo com as críticas feitas pelo ex-vice de Bolsonaro ao seu nome.