Presidente do Irã visitará Venezuela, Cuba e Nicarágua a partir de domingo
Objetivo da viagem é estreitar relações com os três países
O presidente iraniano, Ebrahim Raissi, viaja, a partir de domingo (11), para Venezuela, Cuba e Nicarágua, com o objetivo de estreitar relações com esses três "países amigos" da América Latina.
À frente de uma grande delegação, Raissi buscará "desenvolver a cooperação econômica, política e científica", informou a agência oficial de notícias Irna nesta quarta-feira (7).
O Irã não detalhou o programa desta primeira viagem do presidente, eleito em 2021, à América Latina, continente onde o governo iraniano busca novos apoios no cenário internacional.
Nos últimos anos, o Irã reforçou, em particular, suas relações com a Venezuela do presidente Nicolás Maduro. Em fevereiro deste ano, este último recebeu o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, em Caracas, onde ambos falaram da "defesa de seus interesses nacionais contra as pressões externas", de acordo com a diplomacia iraniana.
Os dois países produtores de petróleo, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), estão sujeitos a sanções americanas que pesam sobre sua economia.
Há um ano, em junho de 2022, durante uma visita de Maduro a Teerã, os dois governos assinaram um acordo de cooperação de 20 anos para fortalecer sua aliança.
“Temos importantes projetos de cooperação nas áreas de defesa, energia, petróleo, gás, refinarias e setor petroquímico”, disse Maduro na época.
Os Estados Unidos acusam o Irã de burlar as sanções, ao exportar petróleo para certos países, como a Venezuela, e de ajudar Caracas a modernizar suas obsoletas refinarias.
A última visita de um presidente iraniano a Cuba e à Venezuela remonta a 2016, quando Hassan Rohani esteve no país antes de participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Em janeiro de 2007, seu antecessor, Mahmud Ahmadinejad, foi recebido na Nicarágua.
Em fevereiro passado, o atual presidente nicaraguense, Daniel Ortega, defendeu o direito do Irã de adquirir armas nucleares.