AFASTADO

Acusado de envolvimento em estupro, Airton Freire pede licença da presidência da Fundação Terra

Em nota, ele justificou a medida dizendo "estar psicologicamente abalado"

Padre Airton Freire nega as acusações e pedido de licença foi feito nesta quarta-feira (7) - Divulgação/Fundação Terra

O padre Airton Freire, de 67 anos, protocolou um pedido de licença da presidência da Fundação Terra nesta quarta-feira (7), por conta da acusação que recebeu de ter supostamente orquestrado e participado de um estupro contra a personal stylist Sílvia Tavares de Souza.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Até o momento, mais de 20 pessoas foram ouvidas.

No comunicado, ele disse estar “psicologicamente abalado” com a acusação, que já havia dito não ser verdadeira. O afastamento será válido “até que se chegue a um esclarecimento dessa atual situação”.

O cargo na presidência da Fundação Terra passará a ser ocupado pela então vice, Jéssica Mickaelly Pereira.

“Em razão dos últimos acontecimentos noticiados pela imprensa,  envolvendo minha pessoa em atos não apropriados e, portanto, reprováveis. Em razão de estar psicologicamente abalado por tais notícias. Eu, padre Airton Freire de Lima, licencio-me da presidência da Fundação Terra dos Servos de Deus, passando sua governança para a vice-presidente, Jéssica Mickaelly Pereira, até que se chegue a um esclarecimento dessa atual situação”, disse o comunicado.


Após o caso ter vindo a público, o bispo de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira Salles proibiu o padre Airton Freire de “presidir ou administrar qualquer Sacramento ou Sacramental”.


Airton Freire tem formação em filosofia, teologia e psicologia e começou sua vida como padre diocesano em 13 de fevereiro de 1982.

Relembre a denúncia
O padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, está sendo denunciado por ter supostamente orquestrado e participado de um estupro contra Sílvia Tavares de Souza.


O suposto caso teria acontecido no mês de agosto do ano passado, mas só agora foi levado a público. O religioso nega.


Na denúncia, a mulher afirma que o motorista e segurança do padre, Jailson Leonardo da Silva, de 36 anos, a forçou a ter uma relação sexual com ele a pedido do religioso, que presenciava a cena enquanto se masturbava. Segundo ela, tudo aconteceu dentro do terreno da Fundação Terra.


Sílvia e o pároco se conheceram em 2019, enquanto ela buscava ajuda dele durante um tratamento contra a depressão. Desde então, a relação dos dois se tornou mais próxima. Ela o chamava de “padinho” e ele a chamava por “princesa”.