Holandês condenado por homicídio no Peru é extraditado para os EUA
Van der Sloot cumpre, desde 2012, uma sentença de 28 anos de prisão pelo assassinato de uma cidadã peruana
O holandês Joran van der Sloot foi extraditado, nesta quinta-feira (8), do Peru para os Estados Unidos, onde será julgado por extorsão e fraude, em um caso ligado ao desaparecimento de uma americana em Aruba em 2005 — informou a polícia.
Desde janeiro de 2012, Van der Sloot, de 35, cumpre uma sentença de 28 anos de prisão no Peru pelo assassinato de uma cidadã peruana.
Van der Sloot foi levado por integrantes da Interpol Peru de um presídio localizado no norte de Lima, onde aguardava extradição, para um aeroporto militar em El Callao. Está sendo transferido de avião para os EUA por nove membros do FBI (a Polícia Federal americana).
Antes de embarcar para os Estados Unidos, passou por exames médicos.
"Ele está em perfeitas condições, está tranquilo, sereno. Trata-se de uma transferência temporária para ser julgado nos Estados Unidos", disse à AFP o chefe da Interpol Peru, coronel Carlos López, que entregou Van der Sloot ao FBI.
“Imediatamente após a conclusão de seu processo judicial nos Estados Unidos, ele deve retornar para cumprir sua sentença no Peru”, acrescentou López.
Em 11 de maio, a Suprema Corte acolheu como procedente o pedido dos Estados Unidos e autorizou, de maneira excepcional, a entrega temporária de Van der Sloot para julgamento nesse país.
Em 2014, a extradição do holandês foi aprovada para quando concluísse sua sentença no Peru, em 2038, após um pedido de um tribunal federal do Alabama para processá-lo pelos crimes de extorsão e de fraude contra Elizabeth Ann Holloway, mãe de Natalee Holloway, desaparecida em Aruba em 2005. Van der Sloot é o principal suspeito nesse caso.
A falta de provas levou à libertação de Van der Sloot em Aruba, no caso Holloway, em 2009. O desaparecimento de Holloway recebeu ampla cobertura nos Estados Unidos.
Já no Peru, o holandês foi condenado em janeiro de 2012 pelo assassinato da peruana Stephany Flores, de 21 anos, em 30 de maio de 2010, com os agravantes de "crueldade e ferocidade", segundo a decisão judicial. Ambos se conheceram em um cassino, jogando pôquer.