Guerra

Nenhum 'risco iminente' na usina de Zaporizhzhia, diz ministro ucraniano

Ministro da energia porém alerta que situação deve ser monitorada

Níveis de água aumentaram na cidade após danos sofridos na barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka - Aleksey Filippov/AFP

A usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, não apresenta nenhum "risco iminente" após a destruição da represa de Kakhovka, localizada 150 quilômetros rio acima, disse à AFP o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, embora tenha alertado que a situação deve ser "monitorada".

O ministro pediu à Europa para “aumentar” seus fornecimentos de eletricidade, após os ataques russos “contra as infraestruturas energéticas do país” e a destruição da represa, que provocou inundações significativas.

“Pedimos à Europa que aumente” o nível de importação de eletricidade, de um para dois 2 gigawatts, disse.

Dos 600 km2 afetados pelas enchentes após a destruição da represa de Kakhovka, no sul do país, “até 80 localidades podem ser destruídas”, “20 mil casas estão sem eletricidade” e “pelo menos 10 mil hectares de terras agrícolas” foram prejudicados, detalhou o ministro, em declarações à margem de uma reunião da Agência Internacional de Energia (AIE), realizada nos arredores de Paris.

Questionado sobre a segurança em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, Galushchenko confirmou que o nível da água na piscina de resfriamento dependia do reservatório da represa de Kakhovka.

“Não vemos risco iminente por enquanto”, mas “temos de monitorizar a situação”, acrescentando que, atualmente, o nível da piscina de resfriamento é de 16,6 metros, especificou.

O “nível crítico” é de 12,7 metros para poder alimentar os circuitos de refrigeração da usina.

"Existe um risco, mas não agora", reiterou, especialmente durante as temperaturas de verão e a evaporação.