Nenhum 'risco iminente' na usina de Zaporizhzhia, diz ministro ucraniano
Ministro da energia porém alerta que situação deve ser monitorada
A usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, não apresenta nenhum "risco iminente" após a destruição da represa de Kakhovka, localizada 150 quilômetros rio acima, disse à AFP o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, embora tenha alertado que a situação deve ser "monitorada".
O ministro pediu à Europa para “aumentar” seus fornecimentos de eletricidade, após os ataques russos “contra as infraestruturas energéticas do país” e a destruição da represa, que provocou inundações significativas.
“Pedimos à Europa que aumente” o nível de importação de eletricidade, de um para dois 2 gigawatts, disse.
Dos 600 km2 afetados pelas enchentes após a destruição da represa de Kakhovka, no sul do país, “até 80 localidades podem ser destruídas”, “20 mil casas estão sem eletricidade” e “pelo menos 10 mil hectares de terras agrícolas” foram prejudicados, detalhou o ministro, em declarações à margem de uma reunião da Agência Internacional de Energia (AIE), realizada nos arredores de Paris.
Questionado sobre a segurança em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, Galushchenko confirmou que o nível da água na piscina de resfriamento dependia do reservatório da represa de Kakhovka.
“Não vemos risco iminente por enquanto”, mas “temos de monitorizar a situação”, acrescentando que, atualmente, o nível da piscina de resfriamento é de 16,6 metros, especificou.
O “nível crítico” é de 12,7 metros para poder alimentar os circuitos de refrigeração da usina.
"Existe um risco, mas não agora", reiterou, especialmente durante as temperaturas de verão e a evaporação.