Israel

Tiroteio deixa cinco mortos em Israel: 'estamos chocados'

Polícia local suspeita que responsáveis sejam membros de gangues criminosas

Tiroteio deixa cinco mortos em Israel - Reprodução

Cinco pessoas foram mortas nesta quinta-feira após um tiroteio em Yafia, cidade próxima a Nazaré, em Israel. De acordo com a polícia israelense, a suspeita é que os responsáveis pelo incidente sejam membros de gangues criminosas.

— Chegamos ao local com grandes forças e vimos que era uma cena muito difícil — disse o médico Ataf Salem, que atuou nos serviços de emergência, à agência Reuters. — Cinco feridos estavam inconscientes e sofreram ferimentos graves em seus corpos.

As vítimas chegaram a ser encaminhadas em estado crítico para o hospital, mas não sobreviveram. Elas foram identificadas como Naim Margiyeh, Abu Naim Margiyeh, Iliyah Margiyeh, Louis Abu Rageb e Abraheem Shahada.

O caso ocorreu logo depois de uma menina de 3 anos e um homem de 30 terem ficado gravemente feridos em outro tiroteio na cidade de Kafr Kanna, também próxima a Nazaré. Segundo a imprensa local, ambos estão em estado crítico, embora o homem esteja mais “instável”.

Nas redes sociais, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ter ficado “chocado com o terrível assassinato”. Na publicação, ele afirmou estar “determinado a parar a cadeia de assassinatos da sociedade árabe em Israel”. Para isso, ressaltou que seriam usados “todos os meios, com todas as forças”.

De acordo com a Abraham Initiatives, organização que acompanha o aumento da violência nas comunidades árabes, 97 pessoas foram mortas devido à violência criminosa em 2023. Desses, 86 morreram a tiros e 42 tinham menos de 30 anos. No mesmo período no último ano, o número de assassinatos era de 35.

Ainda nesta quinta-feira, o ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, chegou ao local do crime e culpou “a falta de governança e os anos de negligência”, que, segundo ele, são os responsáveis pelo atual estado de violência. À mídia local, ele afirmou que “está trabalhando muito, mas falta mão de obra na polícia”.