Saúde

Creatina e whey protein podem ajudar no tratamento do câncer de próstata, diz novo estudo; entenda

Suplementos evitam perda de massa muscular e melhoram a energia, dando mais qualidade de vida aos pacientes

Pessoas de mais idade e idosos podem usar whey protein para complementar a alimentação - Freepik

Um estudo brasileiro apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago (EUA), aponta que o uso de whey protein e creatina pode ajudar homens em tratamento contra o câncer de próstata.

Alguns dos efeitos colaterais do tratamento contra o câncer de próstata são a perda de massa muscular e de massa óssea. A suplementação com whey protein e creatina pode ajudar os pacientes a manterem e até aumentaram essas massas, garantindo a força física.

A perda de massa óssea e muscular em pacientes em tratamento de câncer de próstata compromete sua autonomia. Cerca de 75% dos casos da doença ocorrem em homens a partir dos 65 anos, idade em que não estão mais tão ativos fisicamente quanto na juventude. Assim, o tratamento pode contribuir para aceleração da sarcopenia — processo natural de perda de massa muscular que ocorre na terceira idade.

O estudo foi realizado com homens que faziam tratamento hormonal contra o câncer de próstata, a chamada hormonioterapia. A terapia consiste em fazer um bloqueio a fim de reduzir o nível dos hormônios masculinos no corpo, como forma de frear o crescimento do tumor.

O principal hormônio masculino é a testosterona. Ela age em diversas partes do corpo do homem, inclusive no desenvolvimento e manutenção da massa muscular.

Parte dos voluntários incluiu na dieta o suplemento whey protein tradicional, derivado do soro do leite. Dentro deste grupo ainda houve uma parcela de pacientes que acrescentaram também a creatina. Este segundo produto ajuda a dar energia, além de aumentar a massa muscular.

Ao final do estudo, os voluntários que acrescentaram os suplementos à dieta conseguiram manter ou, em alguns casos, até melhorar a composição corporal com mais massa magra, em comparação aos que não modificaram a dieta.