RIO DE JANEIRO

Caso Jeff: companheiro de suspeito da morte nega saber que ele fazia vídeos com garoto de programa

Rodrigo Alvim disse à polícia que desconhecia a relação de Bruno Rodrigues com o garoto de programa Jeander Vinícius

Bruno Rodrigues, Jeff Machado e Jeander Braga - reprodução

Quando o professor Rodrigo Alvim Enseki, 40 anos, conheceu o produtor de TV Bruno Rodrigues há pouco mais de dez anos, ele diz que acreditava que ele atuava apenas em produções de novelas e filmes. À polícia, o companheiro do principal suspeito da morte do ator Jeff Machado afirmou que não sabia que Bruno também fazia vídeos de conteúdo sexual com garotos de programa. Um deles, Jeander Vinicius da Silva Braga, preso desde o dia 2 de junho suspeito de participação na morte, confessou em depoimento que conheceu Bruno em encontros casuais.

Segundo o garoto de programa, ele teria aceitado ir à casa de Jeff no dia 23 de janeiro a convite do produtor de TV para gravação de um vídeo erótico. Jeander negou que tivesse mantido relação sexual no dia do assassinato.

Bruno Rodrigues, em vídeo apresentado aos investigadores, afirmou que Jeander participava de encontros deste tipo com ele. Bruno tambémadmitiu ter relações sexuais com o garoto de programa. Rodrigo Alvim nega conhecer a relação de Jeander com seu companheiro. Bruno acrescentou que Jeander cobrava entre R$ 150 e R$ 200 por gravação.

No dia em que o garoto de programa foi preso, em 2 de junho, Rodrigo Alvim prestou depoimento na 35ª DP (Campo Grande) a pedido da Delegacia de Descobertas de Paradeiros. Segundo a delegada Elen Souto, o companheiro foi visto frequentando a quitinete, em Campo Grande na Zona Oeste do Rio, onde o baú com o corpo do ator Jeff Machado foi concretado. Imagens de câmera de segurança flagraram Rodrigo ao lado de Bruno Rodrigues em uma concessionária na Zona Oeste do Rio tentando negociar a venda do carro de Jeff, um Renault Duster branco, avaliado em R$ 109 mil.

O produtor de TV contou ao vendedor da loja que Jeff estava tratando um câncer terminal e, por isso, precisava de dinheiro. Já Rodrigo Alvim teria ajudado Bruno com a negociação. A informação foi compartilhada pelo funcionário à polícia.

Todo o trâmite da venda do carro foi feita no dia 31 de janeiro, oito dias após o assassinato da vítima, e só não foi concluída porque era necessário ter a assinatura do proprietário do veículo. O inquérito do caso deve ser concluído pela polícia até o final desta semana. Bruno Rodrigues segue foragido.

Flagrado por câmeras de segurança
No dia 27 de maio, Bruno Rodrigues foi visto saindo de um apartamento na Estrada do Monteiro, em Campo Grande. Imagens de câmera de segurança obtidas pela polícia mostram o produtor saindo da residência, usando camisa branca, boné, segurando uma bolsa com um cachorro da raça yorkshire e entrando em um carro branco.

Segundo as investigações, o apartamento seria de um amigo de Bruno, e há indícios de que ele esteve escondido no imóvel pelo menos até a véspera de o mandado de prisão ser expedido, na última quinta-feira. O cachorro carregado pelo suspeito, segundo a polícia, se chama Chanel e é sempre visto com o suspeito.