Ex-executivo da Samsung acusado de roubar tecnologia para criar fábrica na China
Outras seis pessoas também foram indiciadas
Um ex-executivo do grupo sul-coreano Samsung foi indiciado por ter roubado informações secretas da empresa para criar uma fábrica de semicondutores na China, anunciou nesta terça-feira (13) o Ministério Público.
O ex-funcionário de 65 anos, que não teve identidade divulgada, é suspeito de roubar as plantas das fábricas da empresa entre 2018 e 2019 com o objetivo de construir uma unidade em Xian, no centro da China, perto de onde a Samsung já tem uma unidade de produção, segundo o MP.
O material protegido é considerado "tecnologia nacional essencial", cuja divulgação e exportação são regulamentadas pela legislação sul-coreana para proteger a economia do país e a segurança nacional.
O valor dos documentos que o acusado tentou está ganhando em quase 300 bilhões de wons (236 milhões de dólares, 1,15 bilhão de reais), segundo as autoridades.
O suspeito está detido em uma penitenciária da região de Seul e foi acusado formalmente na segunda-feira (12), de acordo com uma porta-voz do MP.
Trabalhou durante 28 anos nas maiores empresas do setor e é considerado um dos principais especialistas do país na produção de semicondutores, de acordo com os promotores.
Outras seis pessoas, que observaram para ele e são suspeitas de participação no roubo, também foram indiciadas.
"É um crime grave poderia ter um enorme impacto negativo em nossa segurança econômica", afirma o comunicado do MP. O setor de semicondutores representou 16,5% das exportações sul-coreanas em 2022.