INVESTIGAÇÃO

Moraes promete compartilhar dados sigilosos e terminar investigações do 8 de janeiro em 45 dias

Informações serão prestadas a partir do término de inquéritos; ministro disse que vai finalizá-los em menos de dois meses

Deputado Arthur Maia (União-BA) - José Cruz/Agência Brasil

O presidente da CPI dos Atos, Arthur Maia (União-BA), disse nesta terça-feira que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mores prometeu compartilhar dados sigilosos das investigações sobre os ataques do 8 de janeiro. O anúncio foi feito pelo parlamentar após reunião entre ambos.

Segundo o deputado, a colaboração ocorrerá em dois momentos. Informações de investigações finalizadas serão entregues imediatamente à CPI. Já os inquéritos que ainda possuem diligências serão compartilhados em até 45 dias. Esse foi o prazo estabelecido pelo magistrado para o fim de todas as investigações relacionadas aos ataques aos Três Poderes.

"Quero comunicar que estivemos em reunião extremamente proveitosa. Todos os nossos pleitos apresentados ao ministro em relação a compartilhamento de dados foram atendidos. O ministro informou que, assim que nós fizermos a solicitação dos processos que estão em sigilo, mas que não estão em diligência, ele autorizará imediatamente o compartilhamento", disse o presidente da CPI, que acrescentou: "Já os processos em diligência, ele pediu que esperássemos a conclusão, e a investigação está em curso e em fase conclusiva. Deu um prazo máximo de 45 para a conclusão dos processos em diligência".

O parlamentar, então, afirmou que defende a convocação de acusados com inquéritos abertos apenas após o prazo de 45 dias, como é o caso do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro Anderson Torres.

Ele ressaltou, porém, que ainda precisa falar sobre o assunto com os demais integrantes da comissão.

"Se entendermos que é melhor esperar 45 dias, não há problema. Não haverá nenhum prejuízo. A CPI começou agora e ainda há 5 meses".

O parlamentar também disse que houve aval do ministro do STF para que a CPI possa ouvir investigados nos presídios da Papuda e da Colmeia.

"Não tenho dúvida que esse material trará imensa colaboração".