Haddad pede "parcimônia" em discussão do arcabouço fiscal no Senado
Ministro afirma que texto foi bem recebido e o interesse pelo Brasil aumentou
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu hoje que eventuais mudanças no arcabouço fiscal no Senado sejam conversadas com a Câmara, onde a nova regra fiscal já foi aprovada. Para ele, é necessário que essa discussão seja feita com “parcimônia” para não comprometer o trabalho que já foi feito.
Haddad se reuniu hoje com o relator da proposta no Senado, senador Omar Aziz (PSD-MG). A oposição pressiona o relator com propostas de emendas para alterar o texto, o que forçaria nova votação na Câmara. O governo tem pressa na aprovação da âncora fiscal para avançar com a reforma tributária.
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— O que nós pactuamos é respeitar o trabalho que a Câmara fez, que foi um trabalho dedicado. O ideal é que se houver mudanças elas sejam conversas com a Câmara e não sejam uma surpresa. Com parcimônia para não reabrir uma discussão de uma coisa que foi bem recebida — disse Haddad.
Para o ministro, é necessário manter o diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator do arcabouço entre os deputados, Cláudio Cajado (PP-BA). Haddad afirmou que os indicadores econômicos mostram que o arcabouço foi bem recebido.
— O interesse pelo Brasil está aumentando. Não vamos comprometer esse trabalho. O que concordamos em fazer é uma coisa parcimoniosa, se for o caso.
Aziz afirmou, mais cedo, que as principais preocupações dos senadores são a inclusão do Fundo Constitucional do Distrito Federal (que parte do orçamento da capital) e do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica) dentro dos limites do arcabouço. A previsão dele é que a votação ocorra até o dia 21. Se o texto for alterado, ele volta para a Câmara.