BRASIL

Lula assina decreto para preparar o Brasil para a presidência do G20

País assumirá a liderança do grupo dos mais ricos do mundo de dezembro deste ano a novembro de 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto, publicado nesta quarta-feira, criando uma estrutura administrativa para que o Brasil possa exercer a presidência do G20, a partir de 1º de dezembro de 2023. O grupo é formado pelas economias mais ricas do mundo, incluindo Estados Unidos, China e vários países europeus.

A ideia é preparar o governo para algo inédito na história da diplomacia brasileira. Até 30 de novembro do ano que vem, quando o Brasil deixará o comando do bloco, está prevista mais de uma centena de reuniões em diversos níveis. O ponto máximo será um encontro de cúpula de líderes do G20 no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

A última vez que o Brasil liderou o grupo foi há 16 anos. Em 2008, quando estourou uma grave crise financeira internacional, a atuação do Banco Central brasileiro, fortaleceu a imagem do país no exterior.

O decreto institui a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência Brasileira do G20, que será integrada por 39 órgãos da Administração Federal. Nesse formato, o comando se divide entre duas frentes. Uma delas é com o 'sherpa', que trata da parte política, e estará a cargo do secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Maurício Lyrio. O órgão também ficará com a função de planejar e executar medidas de organização e logística.
 

A outra linha de atuação é na área financeira, cujo responsável deve ser alguém da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Existem, atualmente, quinze linhas temáticas a serem tratadas pela diplomacia e outras oito a cargo da área econômica do governo.

"Dado o importante papel do G20 na discussão de temas centrais para a governança global, com a participação tanto de países desenvolvidos quanto de países em desenvolvimento, a presidência desse agrupamento representará oportunidade única para que o Brasil projete suas prioridades de política externa e suas políticas públicas internas nas áreas de atuação do grupo", destaca uma nota do Ministério do Ministério das Relações Exteriores sobre o decreto.