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CPMI do 8 de janeiro marca primeiros depoimentos para próxima semana. Veja os convocados

Nas sessões das próximas terça (20) e quinta-feira (22), serão ouvidos o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o empresário George Washington de Oliveira Sousa

Senadora Eliziane, relatora da CPMI - Waldemir Barreto/Agência Senado

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama (PSD), divulgou, ontem, os primeiros nomes que serão chamados a depor diante do colegiado que investiga a invasão às sedes dos três poderes, em Brasília.

Nas sessões realizadas nas próximas terça (20) e quinta-feira (22), serão ouvidos, respectivamente, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o empresário George Washington de Oliveira Sousa, preso por colocar uma bomba em uma via que dá acesso ao Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.

Essas primeiras oitivas seguem o que foi proposto no plano de trabalho criado pela CPMI, que tem como meta investigar eventos anteriores ao 8 de Janeiro e que podem ter contribuído com os atos de vandalismo praticados em Brasília no início do ano.

Exonerado do cargo de diretor da PRF em dezembro do ano passado, Silvinei é acusado de pedir votos de forma ilegal em uma rede social para o presidente Jair Bolsonaro, durante a última campanha presidencial. Vasques também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por comandar uma série de barreiras feitas pela PRF no dia do segundo turno das eleições.

A omissão da PRF em desmobilizar os bloqueios em estradas logo após o anúncio do resultado do segundo turno das eleições também é alvo de investigação.

Condenado em maio deste ano a nove anos e quatro meses de prisão, George Washington de Oliveira Sousa veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e, junto com Alan Diego dos Santos Rodrigues, colocaram a bomba perto do Aeroporto de Brasília.

O plano, segundo as investigações da Polícia Civil, era provocar uma explosão e causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio após os resultados das eleições presidenciais.

Hoje, está marcada uma nova sessão da CPMI que deve definir os próximos nomes que deverão ser chamados como testemunhas na investigação. São aguardadas a convocação para depor do ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Interna (GSI), Gonçalves Dias; o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime; o ex-diretor adjunto da Abin, Saulo Moura da Cunha e o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno.