Por confusão no jogo com Ceará, no Castelão, Sport será julgado pelo STJD nesta sexta
Leão pode, mais uma vez, ser punido com a perda de mando de campo
Ao lado do Ceará, o Sport será julgado mais uma vez por conta de atos de torcedores dentro de um estádio. Desta vez, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai avaliar a confusão nas arquibancadas do Castelão, na partida de ida entre cearenses e pernambucanos pela final da Copa do Nordeste desta temporada. O julgamento será realizado às 11h30 desta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro.
Alvinegro e Rubro-negro foram denunciados no artigo 213, I, e terão que responder por desordem na praça de desporto. A pena é de multa, entre R$ 100 e R$ 100 mil. No entanto, se a gravidade dos atos forem consideradas de elevado grau ou causarem prejuízo ao andamento da partida, poderá ser aplicada a perda de mando de campo, de uma a dez partidas.
O Leão foi colocado como réu pelo mesmo artigo, uma vez que a torcida visitante contribuiu para a confusão acontecer. O fato foi registrado na súmula da partida, pelo árbitro Caio Max Vieira, do quadro de arbitragem do Rio Grande do Norte.
De acordo com o presidente Yuri Romão, o Sport ainda não foi notificado do julgamento e não sabe se há alguma forma de ajudar as autoridades. Contudo, "vamos pedir para o olhar o processo".
Em entrevista à Rádio Verdes Mares, nesta quarta-feira (14), o diretor jurídico do Ceará, Fred Bandeira, afirmou que os torcedores que iniciaram a baderna foram os do Sport. Ainda segundo o advogado, eles foram identificados e o Vozão vai usar os TCOs, além das imagens do jogo, para tentar absolver o clube cearense.
"Existiram cinco pessoas que responderam TCO e vão ser utilizadas. Ou seja, o Ceará identificou quem iniciou a situação toda, e com essas pessoas devidamente identificadas servirão como prova para tentarmos absolver o Ceará", explicou.
Vale lembrar que o Sport foi punido pelo STJD no início deste ano, pela invasão de uma torcida organizada ao gramado da Ilha do Retiro, durante a partida com o Vasco, pela Série B do ano passado. Na ocasião, o clube pernambucano foi multado em R$ 150 mil. Além disso, teve que fazer três jogos com os portões fechados - um realizado ainda contra o Operário-PR, pela Segundona do ano passado - e outros três com a presença exclusiva de mulheres, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência.