Vaticano divulga primeiras imagens do Papa Francisco após cirurgia de urgência no intestino
Francisco visitou a ala de oncologia pediátrica e neurocirurgia infantil, adjacente ao apartamento onde ele está convalescendo, no hospital Gemelli, em Roma
O Vaticano divulgou nesta quinta-feira (15) as primeiras imagens do Papa Francisco depois de uma operação no abdômen na quarta-feira da semana passada. Nas fotos, é possível ver Francisco visitando a ala de oncologia pediátrica e neurocirurgia infantil, adjacente ao apartamento onde ele está convalescendo, no hospital Gemelli, em Roma.
Esta foi a segunda operação que Francisco realizou no intestino em pouco menos de dois anos, em meio a problemas de saúde frequentes — entre eles uma pneumonia que o deixou internado por três dias em março — que geram preocupações nos fiéis.
200 m² e com capela: conheça o apartamento do Papa em hospital onde está internado
Esta será a segunda internação do Papa em pouco mais de dois meses, após ser levado de ambulância ao hospital no dia 29 de março, quando passou mal depois de uma audiência. Ele recebeu tratamento com antibióticos e foi liberado três dias depois. O Papa também sofre de osteoartrite, também chamada de artrose, do joelho direito. O quadro inoperável dificulta sua locomoção, forçando-o a se locomover com muletas ou cadeira de rodas. Ele também teve de cancelar ou reduzir as atividades várias vezes nos últimos meses devido à dor.
A idade avançada agrava a situação, mas, segundo informações da imprensa italiana, a doença estaria associada à postura errada. O problema postural o levou a descarregar mais peso na articulação do joelho direito, o que levou ao seu enfraquecimento ao longo do tempo e provocou um desgaste severo do ligamento.
Em uma entrevista no fim do ano passado, o Papa argentino afirmou que assinou uma carta de renúncia há quase uma década para o caso de eventualmente a saúde precária o impedir de desempenhar suas funções. Antes, já havia dito que não descartava renunciar ao trono de São Pedro caso percebesse que não tem mais condições de fazer seu trabalho.
As especulações sobre a possibilidade de uma abdicação se intensificaram após a morte de seu antecessor, o Papa Bento XVI, em 31 de dezembro. Em 2013, o alemão quebrou um tabu de seis décadas ao abrir mão do comando da Igreja, admitindo que a idade avançada e a saúde frágil já não lhe davam mais condições para liderar a instituição.