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Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Marcos do Val, que foi negada pelo STF

Decisão do ministro concedeu somente mandados de busca e apreensão para endereços ligados ao senador

Senador Marcos do Val - Agência Senado

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão, em abril, do senador Marcos do Val (Podemos-ES), em razão de uma tentativa de obstrução do inquérito que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Seguindo parecer contrário da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no entanto, indeferiu a prisão, mas determinou a expedição de mandados de busca e apreensão para endereços ligados ao parlamentar.

Os mandados foram cumpridos, nesta quinta-feira, no gabinete de Do Val, no Senado Federal, e em seu apartamento funcional, em Brasília, e também em endereços do parlamentar, em Vitória, no Espírito Santo. Nos locais, foram apreendidos celulares, computadores, além de documentos.

A decisão de Moraes determinou também o bloqueio das contas de Marcos do Val nas redes sociais. No início desta noite, os perfis dele no Twitter, no Facebook e no Instagram já haviam sido retirados do ar.

Marcos do Val é investigado pelos crimes de divulgação de documentos sigilosos; tentativa, com emprego de violência ou grave ameaça, de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais; tentativa de golpe de estado; e ainda por eventualmente integrar uma organização criminosa.

Alexandre de Moraes já havia determinado, no início de fevereiro, a abertura de uma investigação sobre o relato de Do Val a respeito de uma suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Do Val denunciou que teria participado de uma reunião golpista com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar gravar de maneira escondida Moraes — e forçá-lo a falar algo que poderia ser usado como uma espécie de admissão de alguma irregularidade no processo eleitoral e, com isso, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o senador, ele poderia usar equipamentos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para gravar conversas com o ministro.

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