Otan acolhe com satisfação missão de paz africana na Ucrânia
Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, advertiu que somente uma solução que trate a Rússia como agressora será considerada "justa"
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, recebeu com satisfação, nesta sexta-feira (16), a missão de paz de líderes africanos à Ucrânia, mas advertiu que somente uma solução que trate a Rússia como agressora será considerada "justa".
"Agradeço pelo fato de líderes africanos terem visitado (a capital ucraniana) Kiev e acredito que é importante saber que há diferentes esforços para encontrar uma solução", afirmou Stoltenberg no final de uma reunião de ministros da Defesa da Otan.
"Mas, é claro, qualquer solução tem que ser uma paz justa e duradoura", completou.
O funcionário norueguês acrescentou que "temos um agressor, que é o presidente [Vladimir] Putin, e Moscou e as forças russas, e depois temos uma vítima da agressão, que é a Ucrânia".
Por isso, disse ele, "qualquer esforço para encontrar uma solução pacífica deve tomar isso como ponto de partida, como a razão principal pela qual estamos na situação em que nos encontramos hoje".
A delegação africana chegou à Ucrânia na manhã desta sexta-feira e começou sua visita em Bucha, uma cidade nos arredores da capital que se tornou um símbolo dos supostos crimes de guerra cometidos pelas forças russas.
A delegação inclui os presidentes Cyril Ramaphosa (África do Sul), Macky Sall (Senegal), Hakainde Hichilema (Zâmbia) e Azali Assoumani (Comores), que também é o presidente da União Africana (UA).