INFECÇÃO

Febre maculosa: São Paulo confirma dois novos casos

Um dos casos já era considerado suspeito por estar relacionad; o outro registro ocorreu em Americana

A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia - Jerry Kirkhart / Wikimedia via Agência Brasil

O governo do Estado de São Paulo confirmou, nesta sexta-feira, dois novos casos de febre maculosa na região. Um deles já era considerado suspeito. Trata-se do quadro de uma mulher de 38 anos que esteve na Fazenda Santa Margarida no início deste mês e que está internada em Campinas.

O segundo registro é de uma moradora de Americana, de 58 anos, que faleceu em 08 de junho. Esse outro caso, contudo, não tem relação com o surto da região de Campinas. O local de infecção ainda é investigado. As informações são do centro de vigilância epidemiológica do estado.

De acordo com a gestão estadual, foram registrados 19 casos de febre maculosa com nove óbitos, incluindo os cinco confirmados desde o início dessa semana. São, ao todo, quatro óbitos relacionados a um surto na região de Campinas. Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 87 casos e 48 óbitos.

O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma infecção causada pelas bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pela picada do carrapato, principalmente pelo carrapato-estrela, que é mais prevalente em áreas rurais. O parasita tem como hospedeiros animais como bois, cavalos e cães.

A doença é endêmica na região de Campinas, e os casos e óbitos são registrados majoritariamente no Estado de São Paulo. Os casos, porém, são pouco frequentes -- segundo o Ministério da Saúde, em 2018, pior ano desde 2007, foram pouco mais de 300 diagnósticos apenas no país.