investigação

Bolsonaro diz que jamais conversou sobre "suposto golpe de Estado" e que Cid recebia "lamentações"

Posicionamento elaborado pela equipe jurídica do ex-presidente foi divulgado após revelações feitas por revista

Bolsonaro e Mauro Cid - Presidência/Alan dos Santos

Diante das relevações de que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, tinha recebido no celular informações para colocar de pé um golpe de Estado, o ex-presidente se adiantou para negar participação em "qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado". O pronunciamento veio através de nota divulgada nas redes sociais de Bolsonaro nesta sexta-feira.

Na nota, assinada pela equipe jurídica que acompanha o ex-presidente, defende ainda que Cid, pela função de ajudante de ordens, "recebia todas as demandas que deveriam chegar ao presidente da República", como "pedidos de agendamento, recados etc". Ainda no posicionamento, apontam que o celular do aliado de Bolsonaro teria se transformado em uma "simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações".

Conforme revelou a revista Veja em reportagens divulgadas nesta quinta-feira e nesta sexta-feira, a Polícia Federal identificou mensagens no celular de Mauro Cid que apontavam uma organização de um plano de golpe de Estado, com a destituição de ministros de Cortes Superiores e a instauração de uma intervenção militar. A perícia mostrou ainda que o ex-ajudante de ordens recebeu documentos e orientações jurídicas para embasar e colocar em prática o plano.