Partido do governo norte-coreano critica lançamento fracassado de satélite
A Coreia do Norte tentou pôr em órbita seu primeiro satélite de espionagem militar em 31 de maio
O partido governista da Coreia do Norte repreendeu o recente fracasso do lançamento de um satélite e criticou duramente seus responsáveis em uma reunião de alto nível, noticiou a imprensa estatal nesta segunda-feira (noite de domingo, 18, no Brasil).
A Coreia do Norte tentou pôr em órbita seu primeiro satélite de espionagem militar em 31 de maio, mas o projétil e a carga caíram no mar pouco após o lançamento devido, aparentemente, a uma falha do foguete.
Na ata da reunião do Comitê do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o partido governista "criticou rispidamente as autoridades que conduziram de forma irresponsável os preparativos do lançamento do satélite" e exigiu uma investigação do "sério" fracasso, reportou a agência estatal KCNA.
Promessa de lançamento
O comitê reafirmou sua promessa de lançar em breve o satélite espião que, segundo Pyongyang, é necessário para contrabalançar a crescente presença militar americana na região.
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão qualificaram o lançamento como uma violação das resoluções da ONU, que proíbem Pyongyang de realizar testes com tecnologia de mísseis balísticos.
Analistas afirmam que há importantes componentes tecnológicos comuns no desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e um lançamento espacial.
Juntamente com a tentativa de lançamento do satélite, a Coreia do Norte realizou vários testes com armamentos, incluindo o disparo de seus mísseis balísticos intercontinentais mais poderosos.
As relações entre as Coreias do Norte e do Sul estão em ponto crítico com a estagnação da diplomacia, enquanto o líder norte-coreano, Kim Jong Un, pediu um maior desenvolvimento de armamentos, inclusive armas táticas.
A Coreia do Sul disse recentemente ter recuperado no mar um pedaço grande do foguete acidentado.
Seul tentou recuperar os destroços para que seus cientistas possam conhecer os programas de mísseis balísticos e satélites de espionagem de Pyongyang.