Fazenda Nacional

Galípolo é exonerado do Ministério da Fazenda para assumir diretoria do Banco Central

No lugar dele, o presidente Lula nomeou Dario Durigan, ex-diretor da Políticas Públicas para o WhatsApp

Secretário-executivo do Ministerio da Fazenda, Gabriel Galípolo - Washington Costa / Ministério da Fazenda

O economista Gabriel Galípolo foi exonerado nesta terça-feira (20) do ministério da Fazenda. O ato abre caminho para ele ser sabatinado no Senado para uma vaga na diretoria do Banco Central.

O ex-secretário-executivo da Fazenda foi indicado pelo governo para assumir a diretoria de política monetária no BC.

A exoneração assinada por Lula foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. No lugar de Galípolo, o presidente nomeou Dario Durigan, ex-diretor da Políticas Públicas para o WhatsApp, empresa do grupo Meta, no Brasil.

Galípolo será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no dia 27 de junho. Logo após o anúncio do seu nome, em maio, o ex-número 2 da Fazenda argumentou que "seria estranha" a indicação de alguém desalinhado ao governo para o BC.

Ailton Aquino dos Santos também foi indicado pelo governo para a cúpula do Banco Central. O funcionário de carreira da autarquia será o novo diretor de Fiscalização. Os dois indicados precisam ter seus nomes aprovados pelos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo plenário da Casa. A expectativa é que ambos sejam aprovados.

Copom
Com a aprovação esperada, serão as primeiras mudanças na composição do Banco Central durante o governo Lula. Na gestão de Bolsonaro, foi aprovada a autonomia da autoridade monetária, que estabelece mandatos fixos de quatro anos para os diretores e o presidente, com possibilidade de recondução.

Isso impediu que Lula substituísse o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) - que decide a taxa de juros da economia a cada 45 dias - é formado por oito diretores e o chefe da autarquia. O mandatário da diretoria política monetária tem destaque em direcionar o debate sobre a Selic, mas cada membro do Comitê tem autonomia na votação - que tem seguido uma trajetória de unânimidade nas últimas reuniões.