Ainda nos EUA, Bolsonaro já admitia receio de inelegibilidade: "Existe a possibilidade, sim"
Ex-presidente será julgado a partir desta quinta-feira no plenário do TSE por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa nesta quinta-feira o julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível. A hipótese de ser retirado do cenário eleitoral já foi admitida pelo próprio ex-presidente algumas vezes, inclusive enquanto ainda estava nos Estados Unidos, durante a viagem de três meses que fez logo após ser derrotado nas eleições.
Durante evento para empreendedores em Orlando, em março, o antigo chefe do Executivo tratou a inelegibilidade como uma "possibilidade". Na ocasião, Bolsonaro classificou como "arbitrariedade" uma "eventual prisão".
A ação que será julgada pelo TSE acusa Bolsonaro de cometer crime eleitoral por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado. O evento foi transmitido pela TV Brasil.
Caso seja julgada procedente, a pena aplicada é a inelegibilidade por oito anos. Dessa forma, Bolsonaro só poderá disputar eleições a partir de 2032.
Além do dia 22, os dias 27 e 29 de junho também estão reservados para o julgamento. No entanto, um pedido de visto por algum dos ministros pode paralisar o julgamento.