Guarda Costeira dos EUA divulga pela primeira vez foto da busca por submarino desaparecido
Estimativas apontam que tripulantes do Titan teriam menos de 24 horas de oxigênio
A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou fotos das buscas pelo submarino Titan, da empresa OceanGate, que desapareceu no último domingo com cinco pessoas a bordo, nesta quarta-feira. As imagens mostram o navio Deep Energy navegando em meio ao Atlântico Norte, na área na qual se acredita que o submersível pode estar.
As estimativas das autoridades apontam que a reserva de oxigênio disponível no Titan deve durar apenas até a manhã desta quinta-feira. Não se sabe ainda o que pode ter ocorrido com o veículo.
Vários navios e aviões, principalmente americanos e canadenses, participam da corrida contra o tempo para tentar resgatar os tripulantes. Segundo um porta-voz da Guarda Costeira americana, cinco navios participam das buscas no momento e há a expectativa que outros dez se juntem aos esforços nas próximas horas.
O navio norueguês Skandi Vinland, equipado com robôs subaquáticos autônomos, também se juntou às operações de busca pelo submersível. O anúncio do reforço nas buscas foi feito nesta quarta-feira pelo DOF, grupo norueguês de serviços petrolíferos que é proprietário dos equipamentos.
O Skandi Vinland é uma embarcação polivalente e chegou à área de busca na terça-feira, por volta das 19h no horário local (20h de Brasília), de acordo com a AFP.
"O Skandi Vinland implantou dois ROVs (Veículos Subaquáticos Operados Remotamente) para auxiliar nos esforços de busca que estão acontecendo sob o comando da Guarda Costeira dos EUA", informou o DOF em comunicado. "Podem fornecer assistência 24 horas para apoiar as operações de busca do comando unificado."
Sons detectados e esperança pelo resgate
Um especialista em busca e resgate de submarinos disse que os sons de batidas identificados na área de busca do submersível Titan, aumentam a esperança de encontrar os cinco tripulantes. O ex-comandante de submarinos na Austrália Frank Owen afirmou à rede britânica BBC que a sua "confiança" nos trabalhos de busca "aumentou em uma ordem de magnitude" quando soube das novas pistas coletadas por detectores de som flutuantes.
Isso porque, segundo o especialista, os sons de batidas podem ser fruto de um protocolo de emergência possivelmente ativado pelos tripulantes e podem sinalizar que o submarino não está numa área tão profunda como se temia.
— Em primeiro lugar, a bordo desta embarcação está um mergulhador aposentado da marinha francesa. Ele conheceria o protocolo para tentar alertar as forças de busca... A cada meia hora você bate como o diabo [nas laterais do submarino] por três minutos — afirmou Owen.