Submarino desaparecido: Guarda Costeira não detalha plano de resgate dos corpos das vítimas
Chefe da operação alegou que ambiente é "incrivelmente implacável"
Na entrevista coletiva que confirmou a implosão do submarino Titan, nesta quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que não há um plano claro para recuperar os corpos das cinco vítimas que estavam abordo do submersível da OceanGate que partiu em uma expedição aos destroços do Titanic na madrugada de domingo, mas se perdeu pouco depois de iniciar a descida.
— É um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar — disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americano, em entrevista coletiva.
As autoridades encontraram"cinco pedaços principais de destroços" que indicavam que eram do Titan, incluindo um cone de nariz, a extremidade frontal do casco de pressão e a extremidade traseira do casco de pressão", informou Paul Hankins, especialista em salvamento da Marinha dos EUA. De acordo com ele, "foi o primeiro vestígio de que houve algo catastrófico" na expedição.
Segundo Mauger, os destroços foram avistados no fundo do oceano na manhã desta quinta-feira, a menos de 500 metros da proa do Titanic, que naufragou em 1912 e se encontra a cerca de 3.810 metros de profundidade no Atlântico Norte, a 600 km da costa canadense.
— Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu — comentou o contra-almirante, acrescentando que as autoridades têm as mesmas dúvidas. — Esse será, tenho certeza, o foco das investigações futuras. No momento, estamos focados em documentar a cena.
O Titan tinha capacidade para cinco pessoas, um piloto e cinco passageiros. Na expedição ao Titanic estavam Stockton Rush, CEO da empresa; o milionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos privados Action Aviation; o conhecido empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; e o francês Paul-Henry Nargeolet, um mergulhador veterano e especialista nos destroços do Titanic.
A comunicação com o submersível foi perdida no domingo durante sua descida. Após o mergulho, a embarcação deveria enviar sinais para um barco na superfície, o Polar Prince, a cada 15 minutos, mas, de acordo com o jornal britânico The Sun, a última mensagem foi recebida duas horas após a descida, quando o submersível se aproximava dos destroços do mítico transatlântico.