TRAGÉDIA DO SUBMARINO

Submarino do Titanic: quanto custou operação de resgate até agora e quem pagou por ela?

Embarcações, aviões e tecnologia de quatro países foram empregados em buscas por tripulantes do submersível Titan, que morreram em implosão no oceano

Submarino que realizava uma expedição até os destroços do Titanic desapareceu nesta segunda-feira - Divulgação

A operação de resgate no meio do Oceano Atlântico pelo submersível Titan e seus cinco tripulantes envolveram embarcações, robôs, aviões e diferentes tecnologias de pelo menos quatro países — Estados Unidos, Canadá, França e Noruega.

Desde domingo, quando a nave subaquática perdeu contato com a superfície, as equipes de busca passaram a correr contra o tempo, já que a tripulação tinha reservas de oxigênio para 96 horas. Depois de encontrarem destroços perto do Titanic, para onde o grupo se dirigia quando sumiu, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que todos morreram numa "implosão catastrófica". As buscas prosseguem, mas quanto já custou essa operação e quem está pagando por ela? É uma das dúvidas que restam sobre a tragédia.

Uma flotilha de aviões e embarcações e tecnologias especializadas participam das buscas pelo submersível turístico. Os esforços de salvamento contam com aviões de detecção de submarinos, robôs controlados remotamente (ROV) e equipamentos de escuta por sonar para ajudar a rastrear o oceano à procura do submarino. A Marinha americana confirmou, por exemplo, o envio do seu Sistema Flyaway de Salvamento em Oceano Profundo (FADOSS, na sigla em inglês) para a área de buscas.

O exato custo dos esforços de resgate não foi divulgado oficialmente. Mas o chefe da Associação Nacional de Busca e Resgate, Chris Boye, disse que a operação já superou a marca dos "milhões". O jornal espanhol "As" afirma que mais de US$ 6,5 milhões já haviam sido gastos até esta quinta-feira.

Até o momento, resta incerto também quem pagará essa conta: os pagadores de impostos, as famílias das próprias vítimas, a empresa OceanGate ou outros. Não há informações tampouco se os passageiros ou a operadora da expedição chegaram a contratar algum seguro para eventuais danos. Cada turista pagou US$ 250 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) para embarcar no submersível Titan. Como o quinto passageiro era o CEO da empresa, estima-se que o valor dos bilhetes tenha ficado em US$ 1 milhão (R$ 4,7 milhões).

Para efeito de comparação, o jornal "New York Times" lembrou que um experiente canoísta foi resgatado em 2021 durante uma travessia da costa da Califórnia ao Havaí. Na ocasião, a Guarda Costeira americana estimou que a operação com um helicóptero e um mergulhador custou US$ 42 mil (cerca de R$ 200 mil), de acordo com o diário "The San Francisco Chronicle".