"Não é justo falar em ataque à democracia", diz Bolsonaro em meio a julgamento de inelegibilidade
Ex-presidente não quis comentar a possibilidade de ficar inelegível nem sobre qual nome poderia sucedê-lo como candidato do bolsonarismo em 2026
Em meio ao julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode causar seus direitos políticos e torná-lo inelegível por oito anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira ser "injusto" alegar que ele atacou a democracia ao reunir embaixadores em Brasília para deslegitimar o processo eleitoral brasileiro.
Ele não quis comentar a possibilidade de ficar inelegível nem sobre que nome poderia sucedê-lo como candidato do bolsonarismo em 2026. A declaração foi dada em coletiva de imprensa após uma reunião a portas fechadas com parlamentares do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Bolsonaro chegou por volta das 10h45 à Casa, acompanhado pelo ex-secretário de Comunicação de seu governo, Fabio Wajngarten, e apoiadores locais, como os deputados estaduais Gil Diniz e Lucas Bove.
Após semanas de desentendimentos públicos entre alas do PL a respeito das eleições municipais, encontro foi promovido por Valdemar Costa Neto, presidente do partido, numa tentativa de unificar a legenda.
Na sexta-feira, Bolsonaro esteve em outro encontro com quadros do PL, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e comentou a possibilidade de perder os direitos políticos.
"Lógico que eu não quero perder meus direitos políticos. Até eu falei outro dia, né: estou pensando em ser candidato a vereador no Rio de Janeiro. Qual o problema? Não há demérito nenhum. Até vou me sentir jovem, porque geralmente a vereança é para a garotada, para os mais jovens, é o primeiro degrau da política. Em 2026, se estiver vivo até lá, e também elegível, se essa for a vontade do povo, a gente vai. Disputo novamente a presidência", discursou Bolsonaro na ocasião.