Suspeito de ataque a tiros a clube LGBTQIA+ nos Estados Unidos se declara culpado
Anderson Lee Aldrich, de 23 anos, e autoidentificado como não binário, enfrentava mais de 300 acusações criminais
Um jovem de 23 anos que matou a tiros cinco pessoas, no ano passado, em um clube da comunidade LGBTQIA+ no estado do Colorado, no centro-oeste dos Estados Unidos, se declarou culpado do crime nesta segunda-feira (26) e enfrentará uma condenação à prisão perpétua.
Anderson Lee Aldrich, de 23 anos, e autoidentificado como não binário - não se considera nem homem nem mulher -, enfrentava mais de 300 acusações criminais pelo ataque perpetrado em 19 de novembro de 2022, na cidade de Colorado Springs.
Foi acusado de assassinato em primeiro grau, tentativa de assassinato e de cometer crimes motivados por preconceito, entre outras acusações.
As acusações de assassinato acarretam em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Aldrich compareceu, nesta segunda-feira, a um tribunal do condado de El Paso e disse ao juiz que aceitava os termos do acordo de culpabilidade.
Após invadir o "Clube Q" e abrir fogo com um fuzil de assalto modelo AR-15, matando cinco pessoas e ferindo outras 18, Aldrich foi neutralizado e dominado por dois clientes do local.
Esse foi o último de uma longa lista de ataques a locais frequentados pela comunidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos. O mais mortal tirou a vida de 49 pessoas em um clube noturno em Orlando, no estado da Flórida (sudeste), em 2016.
Com mais armas de fogo que habitantes, os Estados Unidos - cuja população é de quase 340 milhões de pessoas - têm a taxa mais alta de mortes relacionadas ao seu uso entre os países desenvolvidos: 45.000 mortos em 2020 e mais de 49.000 em 2021.