ESTADOS UNIDOS

Atirador que matou 5 em boate gay nos EUA se declara culpado e é condenado à prisão perpétua

Crime deixou cinco mortos e 18 feridos após uma apresentação de drag queens no Club Q, em Colorado Springs, em novembro de 2022

Americano de 23 anos matou a tiros cinco pessoas, no ano passado, em um clube LGBTQIA+ no estado do Colorado - AFP

O americano de 23 anos que matou cinco pessoas a tiros, no ano passado, em um clube LGBTQIA+ no estado do Colorado, no centro-oeste dos Estados Unidos, se declarou culpado do crime nesta segunda-feira e enfrentará uma condenação à prisão perpétua.

Anderson Lee Aldrich, de 23 anos, e autoidentificado como não-binário — não se considera nem homem nem mulher —, enfrentava mais de 300 acusações criminais pelo ataque perpetrado em 19 de novembro de 2022, na cidade de Colorado Springs.

Foi acusado de assassinato em primeiro grau, tentativa de assassinato e de cometer crimes motivados por preconceito, entre outras acusações. As acusações de assassinato acarretam em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Aldrich compareceu, nesta segunda-feira, a um tribunal do condado de El Paso e disse ao juiz que aceitava os termos do acordo de culpabilidade.

Após invadir o “Clube Q” e abrir fogo com um fuzil de assalto modelo AR-15, matando cinco pessoas e ferindo outras 18, Aldrich foi neutralizado e dominado por dois clientes do local.
 

Esse foi o último de uma longa lista de ataques a locais frequentados pela comunidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos. O mais mortal tirou a vida de 49 pessoas em um clube noturno em Orlando, no estado da Flórida (sudeste), em 2016.

Com mais armas de fogo que habitantes, os Estados Unidos — cuja população é de quase 340 milhões de pessoas — têm a taxa mais alta de mortes relacionadas ao seu uso entre os países desenvolvidos: 45.000 mortos em 2020 e mais de 49.000 em 2021.