Segurança de Lula: ministros se reúnem para discutir futuro estrutura da proteção do presidente
Lula avalia que a melhor opção seria adotar um modelo híbrido, comandado pelo GSI, com policiais federais, policiais militares e civis
O futuro da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será debatido em uma reunião no Palácio do Planalto com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flavio Dino (Justiça), general Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Esther Dweck (Gestão). A tendência é que a missão de zelar pela integridade física do chefe do Poder Executivo fique sob o comando de Amaro e tenha uma estrutura híbrida, composta por integrantes da Polícia Federal.
Desde janeiro, a segurança de Lula é coordenada pela PF por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, uma estrutura provisória com vigência prevista até 30 de junho. Nos bastidores, policiais federais e integrantes do GSI têm travado uma intensa disputa por influência no esquema de proteção do presidente.
Lula avalia que a melhor opção seria adotar um modelo híbrido, comandado pelo GSI, com policiais federais, policiais militares e civis. Com esse novo formato, o presidente teria flexibilidade de escolher qual equipe viajaria com ele.
A Polícia Federal, porém, rejeita essa ideia de ter agentes subordinados ao comando militar. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota defendendo a permanência da Polícia Federal no comando da segurança presidencial e afirmando que "não é aceitável nem republicano" subordinação da Polícia Federal ao GSI.
Diante desse impasse, Lula incumbiu o ministro da Casa Civil, Rui Costa, de encontrar uma solução e apaziguar os ânimos acirrados entre a PF e o GSI.