BRASIL

Plano Safra: Haddad diz que dolarização afeta preço e defende investimento em agricultura familiar

O governo lançou nesta manhã o Plano Safra da Agricultura Familiar, com R$ 77,7 bilhões para o crédito rural para a safra do biênio de 2023/2024

Ao lado de secretários, o ministro Fernando Haddad comenta a revisão da expectativa de nota do Brasil pela S&P Global Ratings - Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (28) que a cotação em dólar das commodities agrícolas exportadas pelo Brasil está impactando os preços de terras e sugeriu que esse movimento estaria dificultando a atividade da agricultura familiar.

O governo lançou nesta manhã o Plano Safra da Agricultura Familiar, com R$ 77,7 bilhões para o crédito rural para a safra do biênio de 2023/2024. O governo vai investir em ações de compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais.

— Vocês todos sabem que essa dolarização da economia, em função das commodities, está afetando inclusive o preço da terra no Brasil. Isso vai exigir uma enorme mobilização para readequar a terra à produção de alimento e recuperar o solo — disse Haddad.
 

— Vamos ter muita preocupação com a recuperação do solo, que o solo degradado seja colocado à serviço do agricultor familiar e da produção de alimentos no nosso país. Isso é essencial para o plano econômico dar certo. A economia não vai bem, se o campo não for bem, se o alimento for caro, se a miséria for a prática estabelecida no campo