Robinho: jogador já foi acusado em outro caso estupro em 2009 na Inglaterra; entenda
Na época, os jornais ingleses "The Sun" e "The Times" publicaram a informação de que o brasileiro chegou a ser preso, mas foi solto após o pagamento de fiança
Antes de ser condenado a nove anos de prisão por um estupro coletivo que ocorreu em 2013, em Milão, o jogador Robinho já havia sido acusado pelo mesmo crime na Inglaterra, em 2009, quando ainda defendia a camisa do Manchester City. Na época, os jornais ingleses ‘The Sun’ e ‘The Times’ publicaram a informação de que o brasileiro chegou a ser preso, mas foi solto após pagar fiança. O processo acabou arquivado.
Robinho teria ido no dia 14 de janeiro de 2009 a uma boate em Leeds chamada Space, onde estava uma estudante de 18 anos da Universidade Yorkshire. Ela alegou ter sido atacada pelo jogador, que tinha 25 anos na época. Chris Nathaniel, porta-voz de Robinho, no entanto, negou as acusações.
— Robinho nega veementemente qualquer acusação de má conduta ou envolvimento criminal e está feliz para prestar mais esclarecimentos se solicitado — diz Nathaniel.
Houve a abertura de um inquérito policial e, após apuração dos fatos e vídeos do local, a polícia de West Yorkshire enviou o caso à Procuradoria de Justiça. Em seguida, o Ministério Público da Inglaterra (CPS) decidiu arquivar a denúncia.
"[Robinho] clamou sua inocência durante todo o processo, e estou contente de que tenha se livrado de toda perseguição", disse Chris Nathaniel, agente do jogador, em comunicado na época.
Robinho relembra acusação em áudios
Áudios gravados pela polícia levaram a Justiça da Itália a condenar o jogador a 9 anos de prisão por violência sexual em grupo cometido contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em janeiro de 2013. Robinho em conversa com Fabio Galan diz que a esposa Vivian já chorou bastante e disse: "De novo, moleque, de novo você com seus amigos", se referindo a outra acusação de violência sexual, desta vez na Inglaterra, em 2009, quando Robinho defendia a camisa do Manchester City.
— Se essa porra sair na imprensa, já era Copa, já era casamento. De novo acusado de estupro. Aí nego vai falar um monte de merda, foder minha imagem, de novo essa merda — afirma o jogado ao amigo.
Entenda o caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro no fim de 2020, mas segue em liberdade no Brasil uma vez que a Constituição veta a extradição de brasileiros natos. No entanto, o ex-jogador poderá cumprir a pena no país desde que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologue a decisão italiana.
Em fevereiro deste ano, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país. Desde então, o procedimento se encontra sob avaliação do STJ.
A defesa de Robinho entrou com um recurso pedindo que a Itália envie ao Brasil a íntegra, traduzida para o português, do processo que condenou o brasileiro.
Segundo a defesa, a tradução completa é necessária para verificar se o devido processo legal foi observado na condenação proferida pela Justiça italiana.
Como o ministro relator da ação, Francisco Falcão, negou o recurso, os advogados do ex-jogador recorreram ao plenário da Corte Especial, que reúne os 15 ministros mais antigos do tribunal.