Obesidade: novo remédio leva à perda inédita de 24,2% do peso, mostra estudo
O índice de emagrecimento é o maior dentre os medicamentos utilizados no tratamento da obesidade
Um estudo divulgado nesta segunda, no The New England Journal of Medicine, apresentou um novo remédio para ajudar no tratamento da obesidade, responsável por reduzir em o 24% do peso (26,2 kg no teste) dos participantes da pesquisa.
A retatrutide, hormônio investigado pelo estudo, é considerada duplo agonista, porque atua não apenas com o GLP-1, como também o GIP - outra substância com atuação semelhante.
Ainda em fase de análise, os resultados promissores apontam investigaram a eficácia retatrutide, substância. O artigo, publicado na revista The New England Journal of Medicine, investigou a substância, que envia ao cérebro sinais de saciedade, diminuindo a ingestão de alimentos de pessoas obesas.
Os estudos, chefiados pela farmacêutica Eli Lilly, investigaram por um ano 338 adultos participantes com diabetes tipo 2, tendo obesidade ou sobrepeso.
"A obesidade é uma doença crônica tratável com uma biologia subjacente complexa. Estamos agora em meio a um cenário terapêutico em rápida expansão de opções de tratamento altamente eficazes em potencial para indivíduos com obesidade", explicou Ania Jastreboff, professora na Escola de Medicina de Yale e diretora do Centro de Pesquisa de Obesidade da universidade.
A diferença entre os medicamentos conhecidos
A semaglutida, do Ozempic, é um medicamento da classe chamada análogos de GLP-1, que simulam o hormônio GLP-1 no corpo humano. A substância é produzida normalmente ao se comer no intestino, e existem receptores em diversas partes do corpo, como no cérebro, onde o hormônio ativa a sensação de saciedade. Sua eficácia na perca de peso é de 14.9% no período de um ano.
Já a tirzepatida, que possui o nome comercial de Mojauro, também é duplo agonista, como a retatrutide, mas garante uma redução de apenas 16% do peso durante seu uso.