Ucrânia pressiona Otan e diz que "chegou a hora" de definir sua futura adesão à aliança militar
A relação entre o país e a organização será um tema central na cúpula da aliança em 11 e 12 de julho, na Lituânia
A Ucrânia afirmou nesta quinta-feira (29) que "chegou a hora" de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) definir sua posição sobre a adesão do país em guerra à aliança militar liderada pelos Estados Unidos, a qual deve organizar uma reunião de cúpula em julho.
"A Ucrânia continua trabalhando ativamente com todos os aliados da Otan para convencê-los de que chegou a hora de sermos claros sobre seu ingresso na aliança", tuitou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, depois de conversar por telefone com o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
A Ucrânia pede, insistentemente, à Otan que a aceite como membro. O presidente Volodymyr Zelensky declarou ao Parlamento, na quarta-feira, que os soldados ucranianos fortalecerão a Otan, quando seu país sair "vitorioso" do conflito.
"Agora somos receptores de ajuda de segurança (...) Mas uma Ucrânia vitoriosa será doadora de segurança para nossa região, para toda a Europa, para todo o mundo" prometeu.
A futura relação entre Ucrânia e Otan será um tema central na cúpula da aliança em 11 e 12 de julho na Lituânia.
Esta semana, Stoltenberg voltou a afirmar que é crucial apoiar a Ucrânia contra uma invasão russa e que os aliados da Otan vão traçar um caminho para a incorporação de Kiev à aliança. Os países da aliança militar, porém, estão divididos sobre a Ucrânia, embora Stoltenberg tenha pedido a todos os membros que cumpram o compromisso de 2008 de admitir Kiev em algum momento.
O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou a expansão da Otan para o Leste e acusou membros da aliança de participarem do conflito ucraniano, doando armas para Kiev.