Inelegibilidade

Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro após decisão do TSE: 'Seguimos juntos'

Governador de São Paulo afirmou que liderança do ex-presidente como representante da direita 'é inquestionável e perdura'

Bolsonaro e Tarcísio de Freitas participam de solenidade na Academia da Polícia Militar de SP: eventual inelegibilidade do ex-presidente projetaria governador como seu sucessor - Marina Uezima

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, saiu em defesa de Jair Bolsonaro pouco depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter declarado a inelegibilidade do ex-presidente.

"A liderança do presidente Jair Bolsonaro como representante da direita brasileira é inquestionável e perdura. Dezenas de milhões de brasileiros contam com a sua voz. Seguimos juntos, presidente", escreveu Tarcísio no Instagram.

O senador Marcos Pontes (PL-SP) publicou que o país está "em luto pela democracia" e publicou uma foto ao lado de Bolsonaro, junto a um verso bíblico. "Na escuridão, valorizamos a luz. A verdade e a democracia são essa luz, como ensina João 8:32. Persistiremos com Bolsonaro, mesmo nos desafios. A verdade prevalecerá. A democracia vencerá", escreveu em suas redes sociais.

Deputados paulistas eleitos pelo PL, partido de Bolsonaro, também saíram em defesa do ex-presidente. O secretário estadual de segurança pública Guilherme Derrite escreveu no Twitter que Bolsonaro "personificou ideais de 58 milhões de brasileiros" e que seguirá "firme ao lado do presidente que formou líderes por todo o Brasil". Já Carla Zambelli afirmou: "A semeadura do Presidente Bolsonaro não desaparecerá, estará sempre nos corações de ao menos metade dos brasileiros. O que ele plantou em quatro anos do melhor governo que o Brasil já teve, ficará para a História. Mito sempre será mito!".

Por 5 votos a 2, o TSE entendeu que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha do ano passado.

Com isso, seis meses após deixar o poder, Bolsonaro está impedido de disputar um cargo público até 2030 e se tornou o primeiro ex-presidente na História a perder os direitos políticos em um julgamento no TSE.