Inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro repercute internacionalmente; veja
Na condenação, finalizada no placar de 5 a 2, prevaleceu o voto do relator Benedito Gonçalves
Ultrapassou as fronteiras do Brasil a repercussão da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (30), que condenou e tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelo período de oito anos, contando a partir das últimas eleições.
Na condenação, finalizada no placar de 5 a 2, prevaleceu o voto do relator, Benedito Gonçalves, que foi acompanhado pelos ministros Floriano Marques, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela absolvição.
Para os ministros que votaram a favor do mecanismo previsto na atual Constituição Federal, Jair Bolsonaro, enquanto presidente, abusou do poder político e também usou de forma indevida os meios de comunicação públicos.
Nos Estados Unidos (EUA), o jornal diário The New York Times retratou a decisão como um "baque considerável na extrema-direita".
O jornal The Guardian, pertencente ao Reino Unido e com sede em Londres, afirmou que a “saída temporária" de Jair Bolsonaro do campo político "gerou especulações sobre quem irá herdar os formidáveis 58 milhões de votos que recebeu no ano passado".
O ex-presidente também foi apelidado de “O Trump dos Trópicos" pelo The Washington Post, que disse ainda que a condenação pode "alterar o futuro político de Bolsonaro” e será responsável por “provavelmente apagar suas chances de recuperar o poder".
Jornal de maior circulação na Argentina, o Clarín resgatou a ação de Bolsonaro em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde “disseminou suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro diante de embaixadores de outros países”.
Já o El País, da Espanha, disse que a decisão do TSE “abrevia a carreira política do líder de ultra-direita”. E citou que Bolsonaro “também está na mira dos tribunais pela sua gestão durante a pandemia da Covid-19, que matou mais de 700 mil brasileiros”.
Na França, o Le Monde, por sua vez, afirmou que “nenhuma figura se destaca por enquanto como remédio, mas o bolsonarismo está mais enraizado que nunca”.
Virou meme
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