Alta do PIB em 2023 deve ficar "entre 2,5% a 3%", diz Secretário do Ministério da Fazenda
Mercado está com uma estimativa de alta do PIB em 2,19% até o fim do ano
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, adiantou nesta segunda-feira que a pasta deve fazer uma revisão altista para até 3% na perspectiva de crescimento econômico no fim de 2023.
No último Boletim Marcrofiscal divulgado, a estimativa para o crescimento do PIB de 2023 foi revista de 1,6% para 1,9% - após o resultado acima do esperado no crescimento econômico do primeiro trimestre deste ano.
— A perspectiva de crescimento do PIB subiu substancialmente. A previsão inicial da Fazenda já era algo próximo de 2%. A realidade foi mostrando que tínhamos razão. O cenário será revisado para cima, mas certamente estamos mais próximos de uma realidade de crescimento do PIB entre 2,5% a 3% este ano — afirmou.
O mercado também vem revisando para cima a expectativa de crescimento econômico. O boletim Focus - que reúne cerca de 160 bancos, consultorias e outras instituições financeiras - está com uma estimativa de alta do PIB em 2,19% até o fim do ano. Há quatro semanas, a expectativa era de 1,68%. No início do ano, a aposta estava em 0,78%.
— Nós tivemos uma melhoria expressiva, de alguns preços, como a curva de juros caindo substancialmente, e a taxa de câmbio no Brasil, que hoje é mais próxima de uma taxa de equilíbrio — avalia o secretário Mello.
A projeção oficial da Fazenda sobre o PIB de 2023, até então, está em 1,9%. Porém, se todos os próximos trimestres do ano não apresentarem redução, a pasta projeta que o PIB poderá crescer no mínimo 2,4% em 2023. Esse é o chamado "carry over" (carregamento estatístico), ou seja, ‘tudo o mais constante', o PIB já está no projeto no mínimo em 2,4%.