Parkinson: universidade brasileira cria game para pacientes com a doença; entenda
O jogo permite a reabilitação das funções dos membros superiores
Uma nova alternativa dinâmica para o tratamento de Parkinson, doença neurológica degenerativa que afeta cerca de 10 milhões de pessoas no mundo, foi apresentada por pesquisadores brasileiros. O jogo de computador chamado “RehaBEElitation”, desenvolvido a partir de uma parceria da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com a Université de Lorraine, na França, permite que os pacientes realizem movimentos manuais a partir do controle das atividades de uma abelha em realidade 3D.
A principal função do jogo é reabilitar os de movimentos de abrir e fechar as mãos, flexão, extensão, adução, abdução e pinça com os dedos polegar e indicador. Por isso, Luanne Mendes, doutoranda em Engenharia Biomédica pela UFU e uma das idealizadoras do projeto, explica que as diferentes fases desenvolvidas no “RehaBEElitation” foram pensadas para se assemelharem à atividades fisioterápicas.
"Após realizar um questionário para saber sobre as principais necessidades desses indivíduos, chegamos à conclusão de que ele seria destinado ao tratamento e estímulo dos membros superiores”, Luanne pontua.
Prêmio francês
Premiado na décima primeira edição do evento "Challenge Handicap & Technologie", realizado em solo francês, o game venceu a categoria "Autonomia", por promover o primeiro passo à autonomia da recuperação das pessoas que precisam conviver com a doença.
Segundo os pesquisadores, o “RehaBEElitation” ainda está em sua fase de desenvolvimento. Eles pretendem aumentar as funções, incluindo também a utilização dos membros inferiores durante o jogo.
A doença de Parkinson
Ela é causada principalmente pela morte de células do cérebro na área conhecida como "substância negra", responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor controla os movimentos corporais. Pode estar relacionada ao envelhecimento, com tendência a surgir a partir dos 55 anos. Os sintomas mais comuns são tremores nas mãos, lentidão nos movimentos, rigidez muscular e distúrbios na fala.
Avanços para a descoberta da doença
No início deste ano, cientistas brasileiros desenvolveram um sensor eletroquímico que consegue detectar a doença em diferentes estágios de forma simples e de baixo custo. O método reconhece proteína em amostras biológicas cuja concentração está ligada ao diagnóstico e foi publicado na revista científica Sensors and Actuators B: Chemical.