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Mergulho de Neymar custou R$ 1 milhão em multa em lago artificial interditado de casa em Mangaratiba

O jogador vai responder também por outras três infrações, todas no valor máximo, constatadas em vistoria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Total chega a R$ 16 milhões

Neymar no lago artificial de casa em Mangaratiba - Reprodução / Redes sociais

O mergulho do jogador Neymar no lago artificial em uma casa em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, teve um custo: R$ 1 milhão em multa. O valor se junta às outras três infrações aplicadas pelos órgãos de fiscalização que, agora, somam R$ 16 milhões. Uma foto do jogador dentro do lago foi postada nas redes sociais por convidados de uma festa que o atleta dava no local, o que comprovou a violação, uma vez que o uso da área estava proibido devido à interdição feita pela Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba e pela Polícia Civil, no último dia 22.

Segundo o relatório de vistoria, feito pelos órgãos de fiscalização, a obra promoveu desmatamento, quebra de rochas, desvio do curso de um rio, terraplanagem, escavação e aplicação de areia de praia sem autorização ambiental. Além do lago artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis que estavam sendo construídos também contribuíram para esses danos ambientais, de acordo com a pasta municipal, A decisão é da procuradora-geral do município, Juraciara Souza Mendes da Silva.

A continuidade da obra e o uso do espaço ficaram embargados até o dia 30, data em que o pai do jogador, Neymar da Silva Santos, conseguiu uma liminar para liberar a desinterdição. A decisão foi do juiz Richard Robert Fairclough, da Vara única do município. O jogador tem 20 dias para entrar com um recurso administrativo sobre as multas. Após o prazo, caso o recurso não seja acolhido, Neymar Jr. passa a dever ao município.

No domingo, a empresa GenesisEcossistemas, que realizou a obra, publicou em suas redes sociais o resultado final. A construção foi gravada ao estilo reality show, com a meta de finalizar o projeto em 10 dias.

Entenda cada uma das multas
Instalação de atividades sem o devido instrumento de controle ambiental: de acordo com a justificativa, a construção foi feita na zona de amortecimento, que também tem proteção, do Parque Estadual Cunhambebe, sem apresentar a anuência do órgão gestor. Um outro item citado foi o desvio de curso d'água do Rio Furado sem a devida autorização. A multa pode variar de R$ 500 a R$ 10 milhões. O valor mais alto foi aplicado ao jogador.

Movimentação de terra sem a devida autorização: de acordo com a justificativa, a degradação ambiental que pode provocar erosão, deslizamento, deslizamento, desmoronamento ou modificação nas condições hidrográficas ou superficiais. Nesses casos, a infração é agravada se forem usados maquinários. A multa pode variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. O valor mais alto foi aplicado ao jogador.

Supressão de vegetação sem autorização: de acordo com a justificativa, que também usou as imagens compartilhadas pela empresa GenesisEcossistemas em seu perfil numa rede social, foi possível notar a remoção de “espécies de indivíduos arbóreos”. A retirada só pode ser feito com a autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e, em caso de descumprimento, a multa é aplicada por cada árvore retirada. A multa pode variar de R$ 500 a R$ 10 mil. O valor mais alto foi aplicado ao jogador.

Descumprimento deliberado de embargo: de acordo com a justificativa, após o embargo da obra, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente constatou reparos finais da rede de esgotamento; sanitários finalizados; grande quantidade de resíduos domésticos da festa do dia anterior; o descumprimento veiculado, na imprensa e nas redes sociais, com o jogador mergulhando no lago interditado. Segundo a pasta, não foi apresentada "razão plausível para o desrespeito". A multa pode variar de R$ 10 mil a R$ 1 milhão. O valor mais alto foi aplicado ao jogador.