Jovem sofre AVC aos 22 anos depois de bater a cabeça
A vítima diz que percebeu os cílios do olho direito ficarem mais 'retos' que o normal meses antes do derrame e talvez isso fosse um 'sinal'
A sobrevivente de um acidente vascular cerebral (AVC) aos 22 anos, Morgan Bailey, conta que notou algo diferente nos cílios antes de sofrer a paralisia completa do seu lado direito do corpo. Ao invés de curvados, eles estavam mais "retos", o que a deixou intrigada. Segundo ela, isso teria sido um aviso do que estava por vir.
Aos 18 anos, Morgan foi diagnosticada com malformação arteriovenosa (MAV), emaranhados anormais de correntes sanguíneas, após sofrer um acidente e bater a cabeça. Quando caiu, ela sentiu muitas dores e de cabeça e dormência no lado direito do seu corpo.
Mas voltou para casa, sem seguir direto ao hospital. No dia seguinte, ela acordou com todo o lado direito do seu corpo já paralisado. Morgan foi levada à emergência e os médicos a informaram que ela havia sofrido MAV e três aneurismas cerebrais.
"Não me deram nenhum medicamento. Eles me disseram para ir para casa e viver a vida, e foi isso que fiz", relata.
Quatro anos depois, no dia do AVC, após sentir uma dor forte na cabeça que não ia embora, ela rapidamente procurou uma amiga para avisar que não estava se sentindo bem. Logo em seguida, veio a sensação que a marcaria para toda vida, a de que seu "cérebro explodiu". Morgan foi levada às pressas para a emergência e foi encaminhada à UTI, onde permaneceu por sete semanas.
Após acordar, a jovem havia perdido totalmente o movimento do lado direito do corpo. Morgan foi submetida a uma cirurgia no cérebro para remoção de 75% da MAV. Por estar paralisada, ela precisou fazer fisioterapia intensiva para reaprender a andar, a falar e a escrever novamente.
"Minha vida virou completamente de cabeça para baixo. Agora não quero fazer nada do que planejava fazer com meu diploma. Precisamos viver a vida, e precisamos vivê-la ao máximo", conta.
Atualmente, seu maior sonho é poder ajudar outras pessoas com MAV e fundar sua própria organização sem fins lucrativos para isso.
"Quero ter um lugar onde as pessoas possam vir e relaxar, ter sessões de meditação e tratamentos de cura. Mas, a moral dessa história é que você precisa viver a vida como se ninguém estivesse olhando", completa a jovem.