castelo

Após encalhar em leilão, castelo de José Rico é colocado à venda por metade do preço

Idealizada para ter mais de 100 quartos, construção começou em 1991, mas nunca foi concluída

Castelo de José Rico começou a ser construído ainda na década de 1990 - Reprodução/Youtube

O castelo com mais de 100 quartos construído pelo cantor sertanejo José Rico (dupla de Milionário) em Limeira, no interior de São Paulo, está à venda pela metade do preço. Avaliado inicialmente em R$ 3,2 milhões, o imóvel pode ser comprado, até 12 de setembro deste ano, por R$ 1,6 milhão. Este era o lance mínimo para o leilão judicial, mas nenhum interessado se apresentou.

Segundo o responsável pela venda, a construção “aparenta estado de abandono, com mato crescente, janelas quebradas e pichações nos muros”. Morto em 2015, aos 68 anos, José Rico foi parceiro de Milionário por cerca de 40 anos, tempo em que os dois se tornaram uma das duplas sertanejas mais conhecidas do Brasil.

Ao todo, a propriedade possui 4,84 hectares e fica próxima à Rodovia Anhanguera. O imóvel penhorado tem um castelo e outras edificações não averbadas, ou seja, barracões em anexo não registrados. Ela começou a ser construída em 1991 e o cantor morreu sem vê-la concluída. Em maio deste ano, o local foi a leilão para pagar dívidas trabalhistas.

Em entrevistas, José Rico dizia que o espaço teria mais cem cômodos e boa parte do projeto vinha de desenhos dele para os arquitetos. A piscina da casa, por exemplo, foi construída em formato de viola. O plano inicial do cantor era ter um espaço para a família e um estúdio de gravação.

Ação e penhora
A ação contra José Rico foi movida por um músico que trabalhou com a dupla entre 2009 e 2015, ano em que o cantor morreu. No processo, ele afirmou ter trabalhado em até 19 shows por mês, mas que não teve direitos trabalhistas como carteira registrada, horas extras, adicional noturno, 13º e outras garantias. Ele diz, ainda, ter sofrido danos morais.

Em decisão de 16 de julho de 2021, o juiz do trabalho Marcelo Luis de Souza Ferreira, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), fixou a condenação em R$ 6,7 milhões. Em novembro do ano seguinte, a juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana, comunicou a penhora do "castelo".