Polícia identifica sete agressores do jogador Luan e abre investigação
Segundo o órgão, há relatos de que um dos suspeitos estava empregando arma de fogo, fato que permite abertura de inquérito sem manifestação das vítimas
A Polícia Civil de São Paulo identificou sete agressores do meio-campista Luan Guilherme, do Corinthians. Segundo o órgão, pelo menos um deles estava com uma arma de fogo. O jogador foi agredido na madrugada de terça-feira por torcedores do clube paulista em um motel na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Ele estava acompanhado de amigos e mulheres.
Segundo Daniel José Orsomarzo, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, tratam-se de integrantes de torcida que estariam descontentes com a administração do clube.
"A gente tem interesse de que vá para frente. Isso é uma barbárie, não é esporte, não é torcedor. É criminoso", repudiou Orsomarzo.
Inicialmente, o caso não seria investigado até que uma das vítimas representasse contra os agressores. Pela lei, um inquérito policial só pode ser instaurado mediante a manifestação dos agredidos. Nesta manhã, entretanto, a polícia teve a informação de que um dos agressores estava com uma arma de fogo, fato que muda o cenário.
"Agora não há mais necessidade de manifestação da vítima. Não há confirmação de disparo, apenas de emprego de arma", explicou Orsomarzo.
Os investigadores entraram em contato com o motel Caribe, local da agressão, e com a assessoria do jogador, segundo Orsomarzo, mas nenhum demonstrou interesse em prosseguir com o processo. A assessoria do jogador informou, ainda de acordo com o delegado, que se reuniria com o clube para decidir os próximos passos. O prazo para manifestação é de seis meses.