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Reforma tributária provoca racha no PL. Entenda as divergências

Bolsonaristas querem usar a votação da Reforma Tributária para promover a primeira grande derrota na agenda reformista do Governo Lula.

Valdemar marcou reunião com dirigentes do PL - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Na iminência de ser votada na Câmara dos Deputados, na próxima sexta-feira (7), o Partido Liberal (PL) não chegou, até um momento, a um consenso interno para votar contra ou a favor do projeto proposto pelo Executivo Nacional sobre a Reforma Tributária.

De um lado, os bolsonaristas, liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, querem usar a votação da Reforma Tributária para promover a primeira grande derrota na agenda reformista do Governo Lula.

"A atual reforma tributária do PT vai na contramão do que fizemos. Caso tivesse um mínimo de coerência, o atual governo deveria manter a nossa política econômica que deu certo: menos impostos, mais arrecadação", disse Bolsonaro, na última terça-feira, sinalizando que o PL votaria contra.

Enquanto isso, na ala nacional, de perfil mais pragmático, é favorável às modificações sugeridas no texto do Governo. Na análise do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, votar contra ao projeto que reformula as regras de tributação poderia passar a ideia de que o partido não faz uma oposição responsável. Além disso, de que seria contra os interesses do mercado financeiro e setores produtivos favoráveis às mudanças.

Para tentar chegar ao consenso entre as frentes ideológicas do partido, Valdemar Costa marcou uma reunião com os dirigentes do PL para um dia antes da votação.

Vale destacar que o PL tem a maior bancada da Câmara, com 99 parlamentares e para que o texto da Proposta de Emenda à Constituição passe, precisa do aval do quórum qualificado de 3/5 dos deputados (308 votos), em dois turnos de votação.