Recife

Sobe para quatro o número de mulheres que denunciam estupro em entrevista no Aeroporto do Recife

O suspeito, que não teve o nome revelado, era funcionário da GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda, empresa terceirizada que presta serviços de vigilância no terminal

Aeroporto do Recife - Guga Matos/Divulgação

Mais uma mulher denunciou ter sido vítima de estupro em uma entrevista de emprego no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife. Agora, quatro pessoas afirmam terem sido abusadas no terminal.

Até a terça-feira (4), três mulheres - duas de 23 anos e uma de 37 - haviam procurado a Delegacia de Boa Viagem para registrar os casos. Segundo o advogado das vítimas, Anderson Amorim, uma quarta mulher, de 37 anos, buscou as autoridades policiais em outro momento.

O suspeito, que não teve o nome revelado, era funcionário da GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda, empresa terceirizada que presta serviços de vigilância no terminal. O homem foi desligado após repercussão do crime.

"A vaga seria para inspetor de segurança. Não era uma entrevista falsa, era uma entrevista real. Elas ficaram sabendo através de outros candidatos que participaram da seletiva. Foram contatadas pelo RH para marcar dia e hora para comparecerem ao aeroporto", informou o advogado Anderson Amorim, que representa as quatro vítimas, em entrevista à TV Globo.

Em nota, a Aena, empresa responsável pela administração do aeroporto, informou que o fato ocorreu na tarde do dia 29 de junho, durante um "suposto processo de recrutamento de agentes de segurança, executado pelo supervisor administrativo da empresa, no escritório administrativo da GPS, localizado num terminal de cargas do aeroporto".

De acordo com o advogado das vítimas, as mulheres entraram na sala do recrutador, individualmente, e foram violentadas. O suspeito teria usado o pretexto de mostrar como seriam as atividades laborais do cargo e aproveitou o momento para abusar das mulheres. 

Por meio de nota, a GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda lamentou o ocorrido, informou que "não compactua com qualquer tipo de violência ou conduta desrespeitosa que contrariem os valores contidos em seu código de conduta e ética", e que está colaborando com as autoridades na apuração dos fatos.