Assistente pessoal de Trump se declara não culpado em caso de documentos secretos
Em breve audiência, o réu dispensou a leitura das seis acusações contra ele formuladas pela Procuradoria
Waltine Nauta, assistente pessoal de Donald Trump, se declarou inocente, nesta quinta-feira (6), em um tribunal federal de Miami (Flórida) no caso de má gestão de documentos oficiais pelo qual o ex-presidente dos Estados Unidos foi indiciado no mês passado.
Em breve audiência, o réu dispensou a leitura das seis acusações contra ele formuladas pela Procuradoria, entre elas as de conspiração para obstruir a Justiça, retenção de documentos e falso testemunho.
Se for considerado culpado de todos os crimes, ele pode ser punido com até 90 anos de prisão.
Nauta, um ex-veterano da Marinha dos Estados Unidos, compareceu ao tribunal com seus dois advogados: Sasha Dadan e Stanley Woodward. "Ele se declara não culpado de todas as acusações", disse Woodward em nome de seu cliente.
O assessor de Trump, vestido com terno azul-marinho e camisa azul-celeste, só abriu a boca quando o juiz Edwin G. Torres perguntou se ele entendia por que estava ali. "Sim, meritíssimo", disse ele.
Segundo a acusação, Nauta moveu caixas com documentos secretos na residência de Trump na Flórida, Mar-a-Lago, a pedido do ex-presidente.
Ele o fez entre 11 de maio e 3 de junho de 2022, depois que a Justiça exigiu que o bilionário devolvesse os papéis que levou ao deixar a Casa Branca, e antes que as autoridades fossem a Mar-a-Lago para recuperá-los.
Nauta, de 40 anos, afirmou várias vezes às autoridades que não sabia como esses documentos chegaram à casa de Trump.
A Procuradoria compartilhou, no entanto, mensagens de texto que mostram o contrário. No mês passado, Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos EUA a ser indiciado em um caso federal.
Em 13 de junho, ele compareceu ao tribunal federal de Miami, onde se declarou inocente de 37 acusações, incluindo "retenção ilegal de informações relacionadas à segurança nacional", "obstrução da Justiça" e "falso testemunho".