Desmatamento na Amazônia cai 33% em comparação ao primeiro semestre de 2022
Números do Deter, do Inpe, mostram que quantidade de alertas no primeiro semestre foi o terceiro menor da série histórica, iniciada em 2015
O acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 2.649 km² no primeiro semestre de 2023, a terceira menor marca para o período na série histórica do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciado em 2015. A área desmatada entre janeiro e junho deste ano também é, aproximadamente, 33% menor do que o captado durante os mesmos meses no ano passado.
No mês de junho, houve queda de 41% em comparação a junho do ano passado, registrando 663 km² de área desmatada ante 1.120 km² em 2022. De 2019 a 2023, o desmatamento caiu 33,6%.
— De 2019 a 2021 foram R$ 550 milhões gastos para o enfrentamento do desmatamento. Isso é mais dinheiro do que nós conseguimos na PEC da Transição. Ainda assim, o desmatamento subia de forma desenfreada. Nos últimos 6 meses, o Ibama fez uma execução de R$ 342 milhões e já alcançamos os resultados de uma tendência de queda consistente de desmatamento na Amazônia — comparou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao anunciar os indicadores do semestre nesta quinta-feira.
A região da Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Amazonas e parte do Maranhão, correspondendo a 59% do território brasileiro. Baseado em imagens produzidas pelos satélites Aqua e Terra, da Nasa, o Deter é capaz de monitorar o desmatamento em tempo real, com dados diários, mas é menos preciso que o dado anual do Inpe (produzido pelo sistema Prodes), porque a variação na cobertura de nuvens atrapalha sua visão.
O desmatamento registrado ficou acima dos acúmulos semestrais de 2017 e 2018, quando o sistema captou, respectivamente, 1.332 km² e 2.213 km² de área desmatada.